Ordenação de um Bispo

Antes do inicio da celebração o que será ordenado, o celebrante, bem como o cerimoniário, devem analisar cada parte da celebração, seguindo as rubricas de maneira diligente e minuciosa. 

A celebração de Ordenação Episcopal, só se inicie com a Bula de Nomeação, enviada pelo pontífice. Ou, caso a Bula de Nomeação não seja publicada, com a autorização do Núncio Apostólico. 

Se o ordenado está sendo ordenado em sua igreja catedral, logo depois da saudação ao ordenado, após o rito de ordenação, um dos presbíteros, se possível o Chanceler da Cúria, junto do ambão, lê a ata da posse enquanto todos ouvem, sentados e, no final, exclamam: Graças a Deus.

Realize-se a Ordenação do Bispo com o maior concurso possível de fiéis, num domingo ou dia festivo, particularmente numa festa dos Apóstolos, a não ser que razões pastorais aconselhem outro dia. Excluem-se, contudo, o Tríduo Pascal, a Quarta-Feira de Cinzas, toda a Semana Santa e a Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos.

Nas solenidades, nos domingos do Advento, da Quaresma e da Páscoa, nos dias dentro da oitava da Páscoa e nas festas dos Apóstolos, utiliza-se as orações, as leituras e a cor litúrgica do dia.

Além do bispo ordenante, é obrigatória a concelebração de outros dois bispos. Caso um destes bispos retire-se da celebração (e apenas restar 1 bispo co-sagrante); se não houver se iniciado o propósito do eleito, prossegue-se a celebração sem a ordenação; se já houver se iniciado o propósito do eleito, prossegue-se o rito de ordenação. 

Podem ser abençoadas, antes da missa, as insignias. 

Ainda antes do inicio da celebração, o bispo ordenante informe aos leitores qual será a leitura, o salmo e o evangelho a ser lido.

RITOS INICIAIS

Quando tudo estiver preparado, como de costume, realiza-se a procissão até o altar. Vai à frente o Diácono, que leva o livro dos Evangelhos a ser usado na Missa e na Ordenação. Seguem-se os outros Diáconos, se houver, os Presbíteros concelebrantes; depois o eleito entre os seus presbíteros assistentes; em seguida os Bispos ordenantes e, finalmente, o Bispo ordenante principal com os Diáconos assistentes um pouco atrás. Chegando ao altar, feita a devida reverência, todos procuram os seus lugares. Neste meio tempo, canta-se um canto apropriado.

Se, porém, o Bispo está sendo ordenado em sua igreja catedral, logo depois da saudação ao povo, um dos Diáconos ou Presbíteros concelebrantes apresenta a Carta Apostólica ao Colégio dos Consultores, na presença do Chanceler da Cúria, que porá isto na ata; depois, junto ao ambão, procede à sua leitura, enquanto todos ouvem, sentados, e, no final, aclamam: Graças a Deus, ou outra aclamação adequada. Nas dioceses recém-erigidas, também se faz a apresentação da Carta Apostólica, na catedral, ao clero e ao povo presente, ficando o presbítero mais idoso encarregado de lavrá-lo em ata.

Antífona da entrada (Cf. Lc 4, 18)
O Espírito do Senhor repousa sobre mim; 
ele me consagrou com a unção,
enviou-me para levar a boa-nova aos pobres
e curar os corações contritos (T.P. aleluia).

Diz-se o Glória.

Coleta
Se é o ordenado um Bispo residencial:
Pres.: Oremos.
Ó Deus, pela generosidade de vossa graça inefável, quereis que o vosso servo, presbítero N., presida a vossa Igreja de N.; dai-lhe exercer dignamente o múnus episcopal e, por sua palavra e exemplo, governar o povo que lhe confiais. Phor nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
℟.: Amém.

Ou, então, principalmente se é ordenado um Bispo não residencial:
Pres.: Oremos.
Ó Deus, pastor eterno, que governais o vosso rebanho com solicitude constante e quereis hoje associar ao colégio episcopal vosso servo, presbítero N., concedei, nós vos pedimos, que, pela santidade de sua vida, ele se mostre em toda parte verdadeira testemunha de Jesus Cristo. Ele, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. 
℟.: Amém.

LITURGIA DA PALAVRA

Os ritos iniciais e a Liturgia da Palavra prosseguem, como de costume, até o Evangelho inclusive.

ⒽProclama-se uma das seguintes leituras, exceto nas solenidades, nos domingos do Advento, da Quaresma e da Páscoa, nos dias dentro da oitava da Páscoa e nas festas dos Apóstolos. 


Terminada a proclamação, o diácono, com toda reverência, coloca o livro dos evangelhos novamente sobre o altar, onde permanece até o momento de ser colocado sobre a cabeça do Ordinando.

Súplica ao Espírito Santo
Começa então a Ordenação de Bispo. Estando todos de pé, e sem mitra, segundo alguma das fórmulas abaixo, canta-se o Veni Creator Spiritus (Oh, vinde, Espírito Criador).

Em seguida, o bispo ordenante principal e os outros Bispos ordenantes, se for preciso, aproximam-se das cadeiras preparadas para a Ordenação. Todos se assentam.

Apresentação do Eleito
O eleito é conduzido pelos Presbíteros assistentes até em frente do Bispo ordenante principal, ao qual faz uma reverência. 

Um dos presbíteros assistentes, ou outro presbítero, fala ao Bispo ordenante principal com estas palavras:
℣.: Reverendíssimo Pai, a Igreja de N. pede que ordeneis para o Ministério episcopal o Presbítero N.

Se se trata, porém, de um Bispo eleito não residencial:
℣.: Reverendíssimo Pai, a Santa Mãe Igreja Católica pede que ordeneis para o Ministério episcopal o Presbítero N.

Pres.: Tens o mandato apostólico?

℣.: Aqui o temos.

Pres.: Proceda-se à sua leitura.
Estando todos sentados, lê-se a Bula. Terminada a leitura, todos concordam com a eleição do Bispo, dizendo:
℟.: Graças a Deus.

Homilia
O Bispo ordenante principal, estando todos sentados, faz a homilia na qual fala ao clero, ao povo e ao eleito sobre o ministério do Bispo, iniciando com base no texto das leituras feitas na Liturgia da Palavra. Pode usar as Palavras seguintes ou outras semelhantes:
Caríssimos irmãos e irmãs, consideremos atentamente o ministério que vai ser confiado na Igreja a este nosso irmão. Jesus Cristo, nosso Senhor, enviado pelo Pai para salvar o gênero humano, enviou por sua vez os doze Apóstolos ao mundo, a fim de que, cheio do Espírito Santo, anunciassem o Evangelho, santificassem e conduzissem todos os povos, reunindo-os num só rebanho. Para que este ministério permanecesse até o fim dos tempos, os Apóstolos escolheram colaboradores, aos quais, pela imposição das mãos, que confere a plenitude do sacramento da Ordem, comunicaram o dom do Espírito Santo, recebido de Cristo. Assim, ao longo das gerações, este dom inicial foi sempre transmitido, pela sucessão ininterrupta dos Bispos, e a obra do Salvador se prolonga e cresce até os nossos dias. No Bispo com os seus presbíteros está presente entre vós o próprio Jesus Cristo, Senhor e Pontífice eterno. Pelo ministério do Bispo, é Cristo que continua a proclamar o Evangelho e a distribuir aos que creem os sacramentos da fé. Pela solicitude paterna do Bispo, é Cristo que incorpora novos membros á Igreja. Pela sabedoria e prudência do Bispo, é Cristo que vos conduz neste peregrinação terrena, até a felicidade eterna. Acolhei, pois, com alegria e ação de graças, este nosso irmão, que nós, Bispos aqui presentes, associamos ao Colégio episcopal pela imposição das mãos. Deveis honrá-lo como ministro de Cristo e dispensador dos mistérios de Deus, pois a ele foi confiado testemunhar a verdade do Evangelho e o ministério do Espírito e da santidade.  Lembrai-vos das palavras de Cristo aos Apóstolos: "Quem vos ouve, a mim ouve; quem vos despreza, a mim despreza, e quem me despreza, despreza aquele que me enviou". Quanto a ti, irmão caríssimo, escolhido pelo Senhor, lembra-te que foste tirado dentre os seres humanos, e colocado a serviço deles nas coisas de Deus. O Episcopado é um serviço e não uma honra; o Bispo deve distinguir-se mais pelo serviço prestado que pelas honrarias recebidas. Conforme o preceito do Senhor, aquele que é maior seja como menor, e aquele que preside, como o que serve. Prega a palavra de Deus, quer agrade, quer desagrade. Admoestando com paciência e desejo de ensinar. Orando e oferecendo o sacrifício pelo povo que te foi confiado, procura haurir copiosamente da plenitude do Cristo as riquezas da graça. Na Igreja que te é confiada, distribui com prudência e guarda fielmente os mistério de Cristo. Escolhido pelo Pai para dirigir sua família, lembra-te sempre do Bom Pastor, que conhece as suas ovelhas e é por elas conhecido, e que não hesitou em dar a vida pelo rebanho. Ama com amor de pai e de irmão todos aqueles que Deus te confiou, especialmente os Presbíteros e Diáconos, teus colaboradores no serviço de Cristo; e também os pobres e doentes, os peregrinos e imigrantes. Exorta os fiéis  a colaborarem contigo na missão apostólica e não recuses ouvi-los de boa vontade. Mostra um zelo incansável pelos que ainda não pertencem ao rebanho de Cristo, como se fossem entregues a ti pelo próprio Cristo. Não te esqueças de que fazes parte do Colégio dos Bispos no seio da Igreja universal unida pelo vínculo da caridade. Desta maneira, estende tua solicitude pastoral a todas as comunidades cristãs, sempre disposto a ajudar as mais necessitadas. Vela, pois por todo o rebanho dos fiéis e cujo serviço te coloca o Espírito Santo, para reger a Igreja de Deus; em nome do Pai, de quem és imagem entre os fiéis; em nome do Filho, cuja missão de mestre, sacerdote e pastor exerces; e em nome do Espírito Santo, que dá vida a Igreja de Cristo, e fortalece a nossa fraqueza.

Propósito do eleito
Após a homilia, só o eleito se levanta e permanece de pé diante do Bispo ordenante principal, que o interroga com estas palavras:
Pres.: Conforme o costume dos Santos Padres, aquele que é escolhido para Bispo deve ser interrogado diante do povo, quanto a fé e sua futura missão.

Pres.: Assim, caríssimo irmão, queres desempenhar até a morte a missa que nos foi confiada pelos Apóstolos, e que, por imposição de nossas mãos, te será transmitida com a graça do Espírito Santo?
Eleito: Quero.

Pres.: Queres anunciar o Evangelho de Cristo com fidelidade e perseverança?
Eleito: Quero.

Pres.: Queres conservar em sua pureza e integridade o tesouro da fé, tal como foi recebido dos Apóstolos e transmitido na Igreja, sempre e em toda parte?
Eleito: Quero.

Pres.: Queres edificar a Igreja, corpo de Cristo, e permanecer na sua unidade com o Colégio dos Bispos, sob a autoridade do sucessor do Apóstolo Pedro?
Eleito: Quero.

Pres.: Queres obedecer fielmente ao sucessor do Apóstolo Pedro?
Eleito: Quero.

Pres.: Queres, com teus colaboradores, presbíteros e diáconos, cuidar do povo de Deus com amor de pai e dirigi-lo no caminho da salvação?
Eleito: Quero.

Pres.: Queres, por amor a Deus, mostrar-te afável e misericordioso para com os pobres e peregrinos e todos os necessitados?
Eleito: Quero.

Pres.: Como bom pastor, queres procurar as ovelhas errantes e conduzi-las ao rebanho do Senhor?
Eleito: Quero.

Pres.: Queres orar incessantemente pelo povo de Deus e desempenhar com fidelidade a missão do sumo sacerdócio ?
Eleito: Quero, com a graça de Deus.

Pres.: Deus, que te inspirou este bom propósito, te conduza sempre mais à perfeição.

Ladainha de Todos os Santos
Os Bispos tiram a mitra e todos se levantam. O Ordenante principal, de pé, com as mãos postas, voltado para o povo, diz a invocação:
Pres.: Oremos, irmãos e irmãs, para que Deus todo-poderoso derrame com largueza a sua graça sobre este servo, escolhido para o serviço da Igreja.

Ⓗ O Eleito se prostra.
 Canta-se a ladainha, à qual todos respondem.
Ⓗ Nos domingos e no Tempo Pascal, todos permanecem de pé, na posição em que estão.

 Nos dias de semana, exceto no Tempo Pascal, todos permanecem de joelhos, na posição em que estão. Neste caso, o Diácono diz:
℣.: Ajoelhemo-nos.
E todos se ajoelham.

Segue-se a fórmula abaixo uma das formas da ladainha:

Terminada a ladainha, só o Bispo se levanta e diz, de mãos estendidas:
Pres.: Atendei, ó Pai, as nossas súplicas para que, ao derramardes sobre este vosso servo a plenitude da graça sacerdotal, desça sobre ele a força da vossa bênção. Por Cristo, nosso Senhor.
℟.: Amém.

Se estiverem ajoelhados, o diácono diz:
℣.: Levantai-vos.
E todos se levantam.

Imposição das mãos e Prece de ordenação
O Eleito se levanta; aproxima-se do Bispo, que está de pé diante da cátedra, com mitra; e ajoelha-se diante dele.

Em silêncio, o Bispo ordenante principal impõe as mãos sobre a cabeça do Eleito. Depois dele, os outros Bispos aproximando-se um após o outro, impõem também as mãos ao eleito, em silêncio. Terminada a imposição das mãos, os Bispos permanecem ao lado do Ordenante principal até que termina a Prece de Ordenação, mas de tal modo que sejam vistos por todos os fiéis.

Em seguida, o Bispo ordenante principal recebe do diácono o evangeliário e o coloca aberto sobre a cabeça do eleito; dois diáconos, ou dois presbíteros, de pé, um à direita e outro à esquerda do eleito, seguram o evangeliário sobre a cabeça dele até o fim da Prece de Ordenação.

Tendo o Bispo eleito ajoelhado à sua frente, o Bispo ordenante principal, com os outros Bispos ao seu lado, todos sem mitra, e de mãos estendidas, diz a Prece de Ordenação:
Pres.: Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Pai de misericórdia e Deus de toda consolação: Vós habitais no mais alto dos céus, e voltais o vosso olhar para os humildes; conheceis todas as coisas antes que aconteçam; pela vossa palavra estabelecestes leis na Igreja; e escolhestes desde o princípio um povo santo, descendente de Abraão, dando-lhes chefes e sacerdotes, e jamais deixastes sem ministros o vosso santuário, porque, desde o princípio, quisestes ser glorificado em vossos Eleitos.
A parte da Prece de Ordenação que segue é proferida por todos os Bispos ordenantes, de mãos unidas, mas em voz baixa, de modo que a voz do Bispo ordenante principal, possa claramente ser ouvida.
Enviai agora sobre este Eleito a força que de vós procede, o Espírito Soberano, que destes ao vosso amado Filho, Jesus Cristo, e ele transmitiu aos santos Apóstolos, que fundaram a Igreja por toda a parte, como vosso templo, para glória e perene louvor do vosso nome.
O Bispo ordenante principal, continua sozinho: 
Pres.: Ó Pai, que conheceis os corações, concedei que este vosso servo, escolhido para Bispo, apascente o vosso rebanho e exerça, de modo irrepreensível, a plenitude do sacerdócio. Que ele vos sirva dia e noite, intercedendo junto a vós pelo seu povo, e oferecendo os dons da vossa Igreja. Pela força do Espírito Santo, que a plenitude do sacerdócio lhe comunica, concedei-lhe o poder de perdoar os pecados segundo o vosso mandamento; que ele distribua os ministérios segundo o vosso preceito, e desligue todo o vínculo conforme o poder dado aos Apóstolos. Pela mansidão e pureza de coração, que ele seja para vós oferenda agradável por vosso Filho, Jesus Cristo. Por ele, ó Pai, recebeis com o Espírito Santo a glória, o poder e a honra, na Igreja santa, agora e para sempre.
℟.: Amém.

Terminada a Prece de Ordenação, os Diáconos retiram o evangeliário que seguravam sobre a cabeça do Bispo ordenado, e um deles conserva o evangeliário até que seja entregue ao Ordenado. Todo sentam-se e o Ordenante principal e os demais Bispos colocam a mitra.

Unção da cabeça e Entrega do Livro dos Evangelhos e das Insígnias
O Bispo sagrante principal, revestido de gremial branco, recebe de um dos Diáconos o frasco com óleo do Crisma e unge a cabeça do Ordenado, ajoelhado diante dele, dizendo: 
Pres.: Deus, que te fez participar da plenitude do sacerdócio de Cristo, derrame sobre ti o bálsamo da unção, enriquecendo-te com a bênção da fecundidade espiritual. 
Ao terminar a unção, o Bispo ordenante lava as mãos.

O Bispo ordenante principal recebendo do diácono o Evangeliário, entrega-o ao Bispo ordenado, dizendo:
Pres.: Recebe o Evangelho e anuncia a palavra de Deus com toda a constância e desejo de ensinar.
Após o Bispo ordenado receber o evangeliário, o entrega ao diácono que o leva a credência ou ao ambão.

O Bispo ordenante principal, põe o anel no dedo anular da mão direita do Bispo ordenado, dizendo: 
Pres.: Recebe este anel, símbolo da fidelidade; e com fidelidade invencível guarda sem mancha a Igreja, esposa de Deus.

Se o Ordenado goza do pálio, o Ordenante principal, recebendo-o do Diácono, coloca-o sobre os ombros do Ordenado, dizendo:
Pres.: Recebe o pálio, vindo de junto do túmulo de São Pedro, o qual, em nome do Romano Pontífice, o Papa N., te entrego como sinal do poder de Metropolita, para que uses dentro da tua Província Eclesiástica; que ele seja para ti o símbolo da unidade, sinal de comunhão com a Sé Apostólica, vínculo da caridade e incentivo da fortaleza.

Em seguida, o Bispo ordenante principal impõe a mitra ao Bispo ordenado, dizendo:
Pres.: Recebe a mitra e brilhe em ti o esplendor da santidade, para que quando vier o Príncipe dos pastores, mereças receber a imarcescível coroa da glória.

Por fim, entrega-lhe o báculo pastoral, dizendo:
Pres.: Recebe o báculo, símbolo do serviço pastoral, e cuida de todo o rebanho, no qual o Espírito Santo te constituiu Bispo a fim de apascentares a Igreja de Deus.

Todos se levantam. 

Se a ordenação se realiza na igreja própria do Ordenado, o Ordenante principal convida-o a sentar-se na cátedra e senta-se à sua direita. Se, porém, a ordenação não realizou-se na igreja própria do ordenado (sua catedral), o Ordenante principal convida-o a ocupar o primeiro lugar entre os Bispos concelebrantes.

Finalmente, tendo deposto o báculo, o Ordenado se levanta e recebe a saudação da paz do Ordenante principal e todos os Bispos.

Depois da entrega do báculo até o fim desse rito, pode-se cantar a seguinte antífona, intercalando-se os versículos do salmo 95(96), ou outro salmo de acordo com a antífona, sobretudo quando o salmo 95(96) já tiver sido usado na Liturgia da Palavra, ou ainda outro canto apropriado:
℟.: Ide ao mundo e ensinai, aleluia,
a todas as nações, aleluia.

Ou, na Quaresma:
℟.: Ide ao mundo e ensinai, 
a todas as nações.

Salmo 95(96)
Cantai ao Senhor Deus um canto novo, 
cantai ao Senhor Deus,ó terra inteira! 
Cantai e bendizei seu santo nome! 
Dia após dia anunciai sua salvação, 
manifestai a sua glória entre as nações, 
e entre os povos do universo seus prodígios! 

Pois Deus é grande e muito digno de louvor, 
é mais terrível e maior que os outros deuses,
porque um nada são os deuses dos pagãos. 
Foi o Senhor e nosso Deus quem fez os céus: 
diante dele vão a glória e a majestade, 
e o seu templo, que beleza e esplendor! 

Ó família das nações, dai ao Senhor, 
ó nações, dai ao Senhor poder e glória, 
dai-lhe a glória que é devida ao seu nome!  
Oferecei um sacrifício nos seus átrios,
adorai-o no esplendor da santidade, 
terra inteira, estremecei diante dele! 

Publicai entre as nações: ‘Reina o Senhor!’ 
Ele firmou o universo inabalável, 
e os povos ele julga com justiça.
O céu se rejubile e exulte a terra, 
aplauda o mar com o que vive em suas águas;

os campos com seus frutos rejubilem
e exultem as florestas e as matas 
 na presença do Senhor, pois ele vem, 
porque vem para julgar a terra inteira.
Governará o mundo todo com justiça,
e os povos julgará com lealdade.

Não se diz o Glória ao Pai. Quando todos trocarem o abraço da paz, interrompe-se o salmo e repete-se a antífona.

Profissão de fé
A Missa prossegue, como de costume. Diz-se a Profissão de fé, conforme as rubricas*; omitem-se as Preces comunitárias.

*Ⓗ Diz-se a Profissão de fé nos domingos e solenidades.

LITURGIA EUCARÍSTICA

Sobre as oferendas
Se o Bispo Ordenante principal preside a Liturgia eucarística, ele diz:
Pres.: Aceitai, Senhor, esta oblação que apresentamos em favor da vossa Igreja e do vosso servo, o Bispo N.. Ornai com a riqueza das virtudes apostólicas, para o proveito do rebanho, aquele que, do meio do vosso povo, chamastes à plenitude do sacerdócio. Por Cristo, nosso Senhor.
℟.: Amém.

Se, porém, o Bispo ordenado preside a Liturgia eucarística, ele diz:
Pres.: Senhor, nós vos oferecemos o sacrifício de louvor para que aumenteis em nós o espírito de serviço e, por vossa graça, leveis a bom termo o que, sem mérito de minha parte, me confiastes. Por Cristo, nosso Senhor.
℟.: Amém.

Prefácio (O Sacerdócio de Cristo e o Ministério dos Sacerdotes)
Ⓗ Reza-se este prefácio com as Orações Eucarísticas I, II ou III.
Pres.: Na verdade, é digno e justo, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso. Pela unção do Espírito Santo, constituístes vosso Filho unigênito Pontífice da nova e eterna aliança e estabelecestes em vosso inefável desígnio que seu único sacerdócio se perpetuasse na Igreja. Por isso, vosso Filho, Jesus Cristo, não somente enriquece a Igreja com um sacerdócio real, mas, também, com bondade fraterna, escolhe homens que, pela imposição de mãos, participem do seu ministério sagrado. Em nome de Cristo, renovam o sacrifício da redenção humana, servindo aos fiéis o banquete da Páscoa, precedem o povo na caridade, alimentam-no com a Palavra e o restauram com os sacramentos. Dando a vida por vós e pela salvação dos irmãos, procurem assemelhar-se à imagem do próprio Cristo, e testemunhem, constantes, diante de vós, a fé e o amor. Por isso, Senhor, com os anjos e todos os santos, vos exaltamos, cantando (dizendo) jubilosos a uma só voz:

Orações Eucarísticas

Antífona da comunhão (Jo 17, 17-18)
Pai santo, consagra-os na verdade. Como tu me enviastes ao mundo, assim também eu os enviei ao mundo, diz o Senhor (T.P. aleluia).

Depois da comunhão
Se o Bispo Ordenante principal preside a Liturgia eucarística, ele diz:
Pres.: Oremos.
Ó Deus, pela força da Eucaristia, derramai sobre o Bispo N. os dons de vossa graça, para que desempenhe dignamente seu ministério pastoral, e, servindo com fidelidade, alcance a recompensa eterna. Por Cristo, nosso Senhor.
℟.: Amém.

Se, porém, o Bispo Ordenado preside a Liturgia eucarística, ele diz
Pres.: Oremos.
Nós vos pedimos, Senhor, fazei agir em nós a força plena da vossa misericórdia e concedei, propício, vivermos de tal modo que em tudo possamos agradar-vos. Por Cristo, nosso Senhor.
℟.: Amém.

RITOS FINAIS

Te Deum
Terminada a Oração depois da comunhão, canta-se o hino "Te Deum, laudamus" (A vós, ó Deus), ou outro hino correspondente, conforme os costumes do lugar. Enquanto isso o Bispo ordenado, de mitra e báculo, é conduzido pela igreja pelos Bispo co-ordenantes principais, dando a benção a todos.

Alocução ao povo
Após o hino, o ordenado, de pé, junto ao altar ou se estiver na sua catedral, à cátedra, de mitra e báculo, pode dirigir breve alocução ao povo.

Bênção solene
Ⓗ O Bispo que presidiu a Liturgia eucarística dá a bênção.

Se o Ordenante principal der a bênção, de mãos estendidas sobre o Ordenando e o povo, diz:
Pres.: Que Deus te abençoe e te guarde, e assim como de fez pontífice de seu povo, conceda-te ser feliz nesta vida e participar da eterna felicidade.
℟.: Amém.
Pres.: Conceda-te o Senhor governar, com êxito, por muitos anos, com sua graça e tua solicitude, o clero e o povo que ele reuniu.
℟.: Amém.
Pres.: Obedecendo aos preceitos divinos, livres de toda adversidade, e enriquecidos de todos os bens, e seguindo a tua orientação, gozem de paz neste mundo e mereçam reunir-se contigo na comunidade dos santos.
℟.: Amém.
E abençoa todo o povo, acrescentando:
Pres.: E a todos vós, aqui reunidos, abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai + e Filho + e Espírito + Santo.
℟.: Amém.

Se, porém, a bênção for dada pelo Ordenado, profere primeiramente, de mãos estendidas, a seguinte bênção:
Pres.: Ó Deus, que pelo perdão restaurais o vosso povo e com amor o governais, concedei o Espírito de sabedoria àqueles a quem confiastes o governo da Igreja, para que o bem das ovelhas constitua a eterna alegria dos pastores.
℟.: Amém.
Pres.: Ó Deus, que determinais o número de nossos dias e o curso dos acontecimentos, considerai com amor nosso humilde serviço e estendei ao nosso tempo a vossa paz.
℟.: Amém.
Pres.: Ó Deus, considerai com bondade os dons que de vossa graça recebi e, tendo-me elevado à ordem do Episcopado, fazei que eu vos agrade por minhas boas obras. Dirigi o coração do povo e do Bispo, para que não falte ao pastor a obediência das ovelhas nem às ovelhas o cuidado do pastor.
℟.: Amém.
E abençoa todo o povo, acrescentando:
Pres.: E a todos vós, aqui reunidos, abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai + e Filho + e Espírito + Santo.
℟.: Amém.