Dedicação da Igreja e do Altar

Escolha-se, como data da dedicação, um dia em que os fiéis possam estar presentes em maior número. Como neste rito, o sentido da dedicação envolve tudo,  não se pode realizá-lo em dias cujo mistério de modo algum pode ser transferido: Tríduo Pascal, Natal, Epifania, Ascensão, Pentecostes, Quarta-Feira de Cinzas, toda a Semana Santa e na Comemoração de todos os fiéis defuntos.

A celebração da Missa está intimamente unida ao rito da dedicação de uma igreja. Por isso, quando se dedica uma Igreja, sigam-se os textos próprios, tanto da Liturgia da Palavra como da Liturgia eucarística, omitindo os pertencentes à liturgia do dia.

Convém que o Bispo presida a concelebração com aqueles que é confiado o encargo de dirigir a paróquia ou comunidade, em favor da qual foi dedicada a igreja.

Toda igreja a ser dedicada deve ter um titular. Este será a Santíssima Trindade, ou nosso Senhor Jesus Cristo sob a invocação de algum mistério de sua vida ou de nome empregado na liturgia; o Espírito Santo, a Santíssima Virgem, sob algum qualificativo usado na liturgia; os Santos ou, enfim, um Santo inscrito no Martirológio Romano ou no seu Apêndice devidamente aprovado; não, porém, algum Bem-aventurado, sem especial indulto da Santa Sé. Seja um só Titular da Igreja, a não ser que se trate de Santos inscritos juntos no calendário.

RITOS INICIAIS

A entrada na igreja a ser dedicada se fará por um dos três modos seguintes. atendendo às circunstâncias de tempo e lugar.

A. Primeiro modo: Procissão
A porta da igreja a ser dedicada estará fechada. Na hora marcada, o povo se reúne em igreja próxima ou outro local apropriado, de onde sairá a procissão. Preparem-se, no local onde o povo se reúne, as relíquias dos Mártires ou dos Santos, se houver, para serem depositadas no altar.

O Bispo e os Presbíteros concelebrantes, os diáconos e demais ministros, paramentados, dirigem-se para o local onde o povo está reunido. 

Saudação
Ⓗ Enquanto todos fazem o sinal da cruz, o Bispo, sem báculo, e tendo retirado a mitra, diz: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, em seguida com estas palavras ou outras semelhantes, de preferência tomadas da Sagrada Escritura, saúda o povo:
Pres.: A graça e a paz na santa Igreja de Deus estejam convosco.
℟.: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

Exortação introdutória
O Bispo fala ao povo com estas palavras ou outras semelhantes:
Pres.: Com grande alegria estamos aqui reunidos, meus irmãos e minhas irmãs, com o intuito de dedicar a nova igreja pela celebração do sacrifício do Senhor. Participemos destes ritos sagrados com todo o fervor, ouvindo com fé a palavra de Deus, para que a nossa comunidade, renascida da mesma fonte batismal e alimentada na mesa comum, cresça e forme um templo espiritual; e, reunida em torno do único altar, aumente o seu divino amor.

Terminada a exortação introdutória, o Bispo recebe a mitra e o báculo e inicia-se a procissão para a nova igreja. Não se levam velas, a não ser as que rodeiam as relíquias. Não se usa incenso na procissão, nem na Missa antes do rito da incensação e iluminação do altar e da igreja. O cruciferário vai à frente; seguem-se, primeiro, os ministros; em seguida, os diáconos ou presbíteros com o relicário, ladeado por ministros ou fiéis com tochas acesas; depois, os presbíteros concelebrantes; finalmente, o Bispo entre dois diáconos; e, por fim, os fiéis.

Ao se começar a procissão, canta-se a seguinte antífona, com o com o salmo 121(122) ou outro canto apropriado:
℟.: Alegres iremos à casa de Deus.

Salmo 121(122)
Que alegria, quando ouvi que me disseram:
“Vamos à casa do Senhor!” 
E agora nossos pés já se detêm, Jerusalém, em tuas portas. 
Jerusalém, cidade bem edificada num conjunto harmonioso; 
para lá sobem as tribos de Israel, as tribos do Senhor. 

Para louvar, segundo a lei de Israel, o nome do Senhor. 
A sede da justiça lá está e o trono de Davi. 
Rogai que viva em paz Jerusalém, e em segurança os que te amam! 

Que a paz habite dentro de teus muros, tranquilidade em teus palácios!
Por amor a meus irmãos e meus amigos, peço: “A paz esteja em ti!” 
Pelo amor que tenho à casa do Senhor, eu te desejo todo bem!

No limiar da igreja, todos param. Os delegados daqueles que se dedicaram à construção da igreja (fiéis da paróquia ou da diocese, benfeitores, arquitetos, operários) entregam o edifício ao Bispo: oferecem-lhe, conforme as circunstâncias, um instrumento jurídico do edifício, ou as chaves, ou uma maquete da igreja, ou um livro contendo o desenrolar da obra e os nomes dos que a dirigiram e dos operários. Um dos delegados dirige breves palavras ao Bispo e à comunidade, realçando algo do que a nova igreja quer exprimir pela arte e forma peculiar. Em seguida, o Bispo ordena ao presbítero, a quem compete o múnus pastoral da igreja, que abra a porta.

Aberta a porta, o Bispo convida o povo a entrar, com estas palavras ou outras semelhantes:
Pres.: Entrai pelas portas do Senhor, dando graças, e nos seus átrios com hinos de louvor.

Com o cruciferário à frente, o Bispo e todos entram na igreja. Enquanto entra a procissão, canta-se a antífona com o salmo 23(24), ou outro canto apropriado: 
℟.: Ó portas, levantai vossos frontões! 
Elevai-vos bem mais alto, antigas portas!

Salmo 23(24)
Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra, 
o mundo inteiro com os seres que o povoam; 
porque ele a tornou firme sobre os mares, 
e sobre as águas a mantém inabalável. 

“Quem subirá até o monte do Senhor, 
quem ficará em sua santa habitação?” 
“Quem tem mãos puras e inocente coração, 
quem não dirige sua mente para o crime,
nem jura falso para o dano de seu próximo. 

Sobre este desce a bênção do Senhor 
e a recompensa de seu Deus e Salvador”. 
“É assim a geração dos que o procuram, 
e do Deus de Israel buscam a face”. 

“Ó portas, levantai vossos frontões! 
Elevai-vos bem mais alto, antigas portas,
a fim de que o Rei da glória possa entrar!”

Dizei-nos: “Quem é este Rei da glória?” 
“É o Senhor, o valoroso, o onipotente, 
o Senhor, o poderoso nas batalhas!”

“Ó portas, levantai vossos frontões!
Elevai-vos bem mais alto, antigas portas, 
a fim de que o Rei da glória possa entrar!”

Dizei-nos: “Quem é este Rei da glória?” 
“O Rei da glória é o Senhor onipotente, 
o Rei da glória é o Senhor Deus do universo!”

O Bispo dirige-se para sua cadeira sem beijar o altar; os concelebrantes, diáconos e outros ministros vão para o lugar marcado no presbitério. Coloca-se o relicário em lugar conveniente no presbitério, entre tochas. Em seguida, benze-se a água conforme o rito indicado abaixo.

B. Segundo modo: Entrada solene
O Bispo e os concelebrantes, os diáconos e outros ministros, todos paramentados, tendo à frente o cruciferário, chegam à porta da igreja onde o povo já se encontra reunido. Convém que a porta esteja fechada e que o Bispo, concelebrantes, diáconos e demais ministros se aproximem pelo lado de fora.

Saudação
Ⓗ Enquanto todos fazem o sinal da cruz, o Bispo, sem mitra nem báculo, diz: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, em seguida saúda o povo com estas palavras ou outras semelhantes, de preferência tomadas da Sagrada Escritura:
Pres.: A graça e a paz na santa Igreja de Deus estejam convosco.
℟.: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

Exortação introdutória
O Bispo fala ao povo com estas palavras ou outras semelhantes:
Pres.: Com grande alegria estamos aqui reunidos, meus irmãos e minhas irmãs, com o intuito de dedicar a nova igreja pela celebração do sacrifício do Senhor. Participemos destes ritos sagrados com todo o fervor, ouvindo com fé a palavra de Deus, para que a nossa comunidade, renascida da mesma fonte batismal e alimentada na mesa comum, prospere e forme um templo espiritual; e, reunida em torno do único altar, cresça sempre no amor de Deus.

Terminada a exortação introdutória, se for oportuno, canta-se a seguinte antífona com o salmo 121(122) ou outro canto apropriado:
℟.: Alegres iremos à casa de Deus.

Salmo 121(122)
Que alegria, quando ouvi que me disseram:
“Vamos à casa do Senhor!” 
E agora nossos pés já se detêm, Jerusalém, em tuas portas. 
Jerusalém, cidade bem edificada num conjunto harmonioso; 
para lá sobem as tribos de Israel, as tribos do Senhor. 

Para louvar, segundo a lei de Israel, o nome do Senhor. 
A sede da justiça lá está e o trono de Davi. 
Rogai que viva em paz Jerusalém, e em segurança os que te amam! 

Que a paz habite dentro de teus muros, tranquilidade em teus palácios!
Por amor a meus irmãos e meus amigos, peço: “A paz esteja em ti!” 
Pelo amor que tenho à casa do Senhor, eu te desejo todo bem!

Não se diz o Glória ao Pai. Chegando à igreja, interrompe-se o salmo e repete-se a antífona.

Então os delegados daqueles que se dedicaram à construção da igreja (fiéis da paróquia ou da diocese, benfeitores, arquitetos, operários) entregam o edifício ao Bispo: oferecem-lhe, conforme as circunstâncias, um instrumento jurídico do edifício, ou as chaves, ou uma maquete da igreja, ou um livro contendo o desenrolar da obra e os nomes dos que a dirigiram e dos operários. Um dos delegados dirige breves palavras ao Bispo e à comunidade, realçando algo do que a nova igreja quer exprimir pela arte e forma peculiar. Em seguida, o Bispo, se a porta da igreja estiver fechada, diz ao presbítero, a quem compete o múnus pastoral da igreja, que abra a porta.

O Bispo, tendo recebido o báculo, convida o povo a entrar, dizendo estas palavras ou outras semelhantes:
Pres.: Entrai pelas portas do Senhor, dando graças, e nos seus átrios com hinos de louvor.

Com o cruciferário à frente, o Bispo e todos entram na igreja. Enquanto entra a procissão, canta-se a antífona com o salmo 23(24), ou outro canto apropriado: 
℟.: Ó portas, levantai vossos frontões! 
Elevai-vos bem mais alto, antigas portas!

Salmo 23(24)
Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra, 
o mundo inteiro com os seres que o povoam; 
porque ele a tornou firme sobre os mares, 
e sobre as águas a mantém inabalável. 

“Quem subirá até o monte do Senhor, 
quem ficará em sua santa habitação?” 
“Quem tem mãos puras e inocente coração, 
quem não dirige sua mente para o crime,
nem jura falso para o dano de seu próximo. 

Sobre este desce a bênção do Senhor 
e a recompensa de seu Deus e Salvador”. 
“É assim a geração dos que o procuram, 
e do Deus de Israel buscam a face”. 

“Ó portas, levantai vossos frontões! 
Elevai-vos bem mais alto, antigas portas,
a fim de que o Rei da glória possa entrar!”

Dizei-nos: “Quem é este Rei da glória?” 
“É o Senhor, o valoroso, o onipotente, 
o Senhor, o poderoso nas batalhas!”

“Ó portas, levantai vossos frontões!
Elevai-vos bem mais alto, antigas portas, 
a fim de que o Rei da glória possa entrar!”

Dizei-nos: “Quem é este Rei da glória?” 
“O Rei da glória é o Senhor onipotente, 
o Rei da glória é o Senhor Deus do universo!”

O Bispo, sem beijar o altar, dirige-se para sua cadeira; os concelebrantes, diáconos e demais ministros vão para o lugar marcado no presbitério. Coloca-se o relicário em lugar apropriado no presbitério, entre tochas. Em seguida, benze-se a água conforme o rito indicado.

C. Terceiro modo: Entrada simples
Se não for possível a entrada solene, faça-se a entrada simples. Reunido o povo, o Bispo com os padres concelebrantes, os diáconos e outros ministros, todos paramentados, tendo à frente o cruciferário, saem da sacristia e pelo meio da igreja dirigem-se ao presbitério. 

Se houver relíquias de Santos para serem depositadas sob o altar, serão levadas da sacristia ou da capela, onde estão expostas à veneração dos fiéis desde a Vigília, ao presbitério, junto com a procissão de entrada. Contudo, por motivo justo, antes de começar a celebração, o relicário já poderá estar no lugar preparado no presbitério, ladeado de tochas. 

Durante a procissão de entrada, canta-se uma das seguintes antífonas com o salmo 121(122), ou outro canto apropriado.
℟.: É assim o nosso Deus em sua santa habitação. 
É o Senhor quem dá abrigo, dá um lar aos deserdados; 
ele mesmo dá poder e dá a força a seu povo.

Ou:
℟.: Alegres iremos à casa de Deus.

Salmo 121(122)
Que alegria, quando ouvi que me disseram:
“Vamos à casa do Senhor!” 
E agora nossos pés já se detêm, Jerusalém, em tuas portas. 
Jerusalém, cidade bem edificada num conjunto harmonioso; 
para lá sobem as tribos de Israel, as tribos do Senhor. 

Para louvar, segundo a lei de Israel, o nome do Senhor. 
A sede da justiça lá está e o trono de Davi. 
Rogai que viva em paz Jerusalém, e em segurança os que te amam! 

Que a paz habite dentro de teus muros, tranquilidade em teus palácios!
Por amor a meus irmãos e meus amigos, peço: “A paz esteja em ti!” 
Pelo amor que tenho à casa do Senhor, eu te desejo todo bem!

Chegando a procissão ao presbitério, depõe-se o relicário, se houver, no lugar preparado, ladeado de tochas; os presbíteros concelebrantes, os diáconos e demais ministros ocupam seus respectivos lugares; o Bispo, sem haver beijado o altar, senta-se em sua cadeira. 

Saudação
Ⓗ Enquanto todos fazem o sinal da cruz, o Bispo, sem mitra nem báculo, diz: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, em seguida saúda o povo com estas palavras ou outras semelhantes, de preferência tomadas da Sagrada Escritura:
Pres.: A graça e a paz na santa Igreja de Deus estejam convosco.
℟.: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

Então os delegados daqueles que se dedicaram à construção da igreja (fiéis da paróquia ou da diocese, benfeitores, arquitetos, operários) entregam o edifício ao Bispo: oferecem-lhe, conforme as circunstâncias, um instrumento jurídico do edifício, ou as chaves, ou uma maquete da igreja, ou um livro contendo o desenrolar da obra e os nomes dos que a dirigiram e dos operários. Um dos delegados dirige breves palavras ao Bispo e à comunidade, realçando algo do que a nova igreja quer exprimir pela arte e forma peculiar.

Bênção da água e aspersão
Feita a entrada, o Bispo benze a água, com que aspergirá o povo, em sinal de penitência e em lembrança do batismo, as paredes e o altar da nova Igreja para purificá-los. Ministros levam ao Bispo que está de pé, diante da cadeira, a caldeirinha com água. O Bispo convida todos à oração, com estas palavras ou outras semelhantes:
Pres.: Estamos aqui, meus irmãos, para dedicar solenemente este templo. Peçamos com fervor ao Senhor nosso Deus que faça descer sua bênção sobre esta água, criatura sua. Com ela nos aspergiremos em sinal de penitência e em memória do batismo, e purificaremos as paredes da nova igreja e o novo altar. Venha também a nós o Senhor com sua graça e nos faça dóceis ao Espírito que recebemos e sempre fiéis em sua Igreja.
Todos rezam em silêncio por algum tempo. Em seguida o Bispo prossegue: 
Ó Deus, por vós todas as criaturas chegam à luz da vida; mostrais tanto amor pelo ser humano que, não apenas os sustentais com paterna solicitude, mas ainda apagais seus pecados com o orvalho da caridade, e, incansavelmente, os reconduzis a Cristo, sua Cabeça. Por desígnio de misericórdia decidistes que os pecadores, mergulhados na fonte sagrada e mortos com Cristo, ressurgissem purificados de toda culpa, se tornassem seus membros e co-herdeiros dos bens eternos. Por vossa bênção, + santificai esta água, vossa criatura. Aspergida sobre nós e as paredes deste templo, seja lembrança de nosso batismo, pelo qual, lavados em Cristo, nos tornamos templo do vosso Espírito. Concedei-nos a nós e a todos os irmãos e irmãs que nesta igreja celebrarem os divinos mistérios, chegar à Jerusalém celeste. Por Cristo, nosso Senhor.
℟.: Amém.

O Bispo, acompanhado pelos diáconos, asperge o povo e as paredes, percorrendo toda a igreja, e, de volta ao presbitério, asperge o altar. Enquanto isso, canta-se uma das seguintes antífonas ou outro canto apropriado:
℟.: Vi água saindo à direito do templo. 
Aleluia, aleluia. 
E todos os quais esta água chegou foram salvos e cantam: 
Aleluia, aleluia.

Ou, durante a Quaresma, a antífona:
Quando eu for santificado entre vós, diz o Senhor, 
haverei de reunir-vos dentre todos os países, 
e haverei de derramar sobre vós uma água pura, 
e de vossas imundícies vós sereis santificados. 
Dar-vos-ei um novo espírito e um novo coração.

Depois da aspersão do altar, o Bispo volta à cadeira e, terminado o canto, reza, de pé, com as mãos juntas:
Pres.: Deus, o Pai das misericórdias, esteja presente nesta casa de oração, e a graça do Espírito Santo purifique o templo de sua morada que somos nós.
℟.: Amém.

Hino de Glória
Diz-se então o hino Glória a Deus nas alturas.
Ⓗ Reza-se ou canta-se o hino até mesmo nos domingos da Quaresma e do Advento.

Coleta
Pres.: Oremos.
Onipotente e eterno Deus, inundai este lugar com a vossa graça e, a todos que vos invocam, concedei o dom do vosso auxílio; aqui, o poder da vossa palavra e dos sacramentos confirme os corações de todos os fiéis. Phor nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
℟.: Amém.

LITURGIA DA PALAVRA

Convém celebrar a proclamação da Palavra de Deus do seguinte modo: Dois leitores, um deles trazendo o Lecionário da Missa, e o salmista apromam-se do Bispo. 

O Bispo, de pé com mitra, recebe o Lecionário, mostra-o ao povo e diz:
Pres.: A palavra de Deus ressoe sempre neste templo; que ela vos revele o mistério de Cristo e opere na Igreja a vossa salvação. 
℟.: Amém.

O Bispo entrega o Lecionário ao primeiro leitor. 

Os leitores e o salmista dirigem-se ao ambão, levando o Lecionário sob as vistas de todos.


Homilia
Depois do Evangelho, o Bispo faz a homilia, explicando tanto as leituras bíblicas como o sentido do rito da dedicação. 

Profissão de fé
Terminada a homilia, diz-se o Creio. Mas omite-se a Oração dos fiéis, porque em seu lugar se canta a Ladainha dos Santos.

Ladainha de Todos os Santos
Sem mitra, o Bispo convida o povo à oração com estas palavras ou outras semelhantes:
Pres.: Meus irmãos e minhas irmãs, oremos a Deus Pai todo-poderoso, que dos corações dos fiéis faz templos espirituais para si, e venha a súplica fraterna dos Santos unir-se às nossas vozes.

Ⓗ Canta-se a ladainha, à qual todos respondem.
Ⓗ Nos domingos e no Tempo Pascal, todos permanecem de pé, na posição em que estão.

Ⓗ Nos dias de semana, exceto no Tempo Pascal, todos permanecem de joelhos, na posição em que estão. Neste caso, o Diácono diz:
℣.: Ajoelhemo-nos.
E todos se ajoelham.
  
Segue-se a fórmula abaixo uma das formas da ladainha:

Terminada a ladainha, só o Bispo, de pé, com as mãos estendidas diz:
Pres.: Aceitai, Senhor, com bondade, as nossas preces, pela intercessão da Santa Virgem Maria e de todos os vossos Santos, para que este lugar, que vai ser dedicado ao vosso nome, se torne casa de salvação e de graças, onde o povo cristão, reunido na unidade, vos adore em espírito e verdade, e se edifique no amor. Por Cristo, nosso Senhor.
℟.: Amém.

Se estiverem ajoelhados, o diácono diz:
℣.: Levantai-vos.
E todos se levantam.

Se não houver deposição de relíquias dos Santos, o Bispo diz imediatamente a prece de dedicação.

Deposição das relíquias
Em seguida, se houver relíquias de Mártires ou de outros Santos para se depositarem sob o altar, o Bispo dirige-se ao altar. Um diácono ou presbítero leva as relíquias ao Bispo, que as coloca no nicho já preparado de antemão.
 
Enquanto isso, canta-se uma das seguintes antífonas, com o salmo 14(15) ou outro canto apropriado:
℟.: Ó Santos de Deus, sob o altar do Senhor, 
recebestes um trono: Rogai ao Senhor 
Jesus Cristo, por nós.

Ou a antífona:
℟.: Os corpos dos santos repousam na paz; 
viverão para sempre seus nomes na glória. (T.P. Aleluia, aleluia.)

Salmo 14(15)
‘Senhor, quem morará em vossa casa 
e em vosso Monte santo habitará?’ 

É aquele que caminha sem pecado 
e pratica a justiça fielmente;
que pensa a verdade no seu íntimo 
e não solta em calúnias sua língua; 

que em nada prejudica o seu irmão, 
nem cobre de insultos seu vizinho;
que não dá valor algum ao homem ímpio, 
mas honra os que respeitam o Senhor; 

que sustenta o que jurou, mesmo com dano; 
não empresta o seu dinheiro com usura,
nem se deixa subornar contra o inocente. 
Jamais vacilará quem vive assim!

Enquanto isso, o pedreiro fecha o nicho e o Bispo volta à sua cadeira.

Prece de dedicação 
Em seguida, o Bispo, de pé, sem mitra, diante da cadeira ou junto do altar, de mãos estendidas, diz em voz alta ou canta: 
Pres.: Deus, Santificador e Guia da vossa Igreja, com festivo precônio é-nos grato celebrar o vosso nome, porque, hoje, o povo fiel com rito solene deseja consagrar-vos para sempre esta casa de oração, onde vos honra com amor, intrui-se pela palavra e se alimenta com os sacramentos. Este edifício faz vislumbrar o mistério da Igreja, que Cristo santificou com seu sangue, para apresentá-la a si mesmo qual Esposa gloriosa, Virgem deslumbrante pela integridade da fé, Mãe fecunda pela virtude do Espírito. Igreja santa, vinha eleita do Senhor, cujos ramos cobrem o mundo inteiro! Os seus sarmentos, sustentados pelo lenho, ela os eleva até o Reino dos céus. Igreja feliz, tabernáculo de Deus com o ser humano, templo santo, que se constrói com pedras vivas, firme sobre o fundamento dos Apóstolos, com Cristo Jesus, sua grande pedra angular. Igreja sublime, Cidade construída no cimo do monte, visível a todos, a todos radiosa, onde refulge perene a lâmpada do Cordeiro, e, delicioso, ressoa o cântico dos eleitos. Suplicantes, pois, nós vos rogamos, Senhor: dignai-vos inundar esta Igreja e este altar com santidade celeste; que sejam sempre lugar santo e mesa perenemente preparada para o sacrifício de Cristo. Aqui, as ondas da graça divina sepultem os delitos, para que vossos filhos e filhas, ó Pai, mortos para o pecado, renasçam para a vida eterna. Aqui, ao redor da mesa do altar, celebrem vossos fiéis o Memorial da Páscoa e se alimentem no banquete da Palavra e do Corpo de Cristo. Aqui, como jubilosa oblação de louvor, ressoe a voz do gênero humano unida aos coros dos anjos e suba até vós a prece incessante pela salvação do mundo. Aqui, os pobres encontrem misericórdia, os oprimidos alcancem a verdadeira liberdade e todos sintam a dignidade de ser vossos filhos e filhas, até que, exultantes, cheguem à Jerusalém celeste. Phor nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
℟.: Amém.

Unção do altar e das paredes da igreja
Em seguida, o Bispo, tendo tirado, se for necessário, a casula, e cingindo-se com um gremial de linho, dirige-se ao altar com os diáconos e outros ministros; um destes leva o recipiente do crisma. Unge então o altar e as paredes da igreja.

Se o Bispo, na unção das paredes da igreja, quiser associar a si alguns sacerdotes, que concelebram com ele, tendo terminado a unção do altar, entrega-lhes recipientes do santo crisma e junto com eles começa as unções.
    O Bispo também poderá delegar a presbíteros a função de ungir as paredes; neste caso, depois da unção do altar, entrega-lhes os recipientes do santo crisma.

O Bispo, de pé diante do altar, diz em voz alta: 
Pres.: O Senhor santifique com sua força este altar e esta casa que vamos ungir, para que expressem, por um sinal visível, o mistério de Cristo e da Igreja.
 
A seguir, derrama o santo Crisma no meio do altar e em seus quatro ângulos, e é louvável que unja também com ele toda a mesa do altar. Enquanto isso, canta-se.

A seguir, derrama o santo Crisma no meio do altar e em seus quatro cantos; poderá, o que é muito recomendável, ungir a mesa inteira. 
    Depois unge as paredes da igreja, assinalando com o santo Crisma as doze ou quatro cruzes, devidamente colocadas, auxiliado, se convier, por dois ou quatro presbíteros. 
    Mas, se confiar a presbítero a unção das paredes, estes, logo que o Bispo terminar de ungir o altar, comecem a ungir as paredes, assinalando as cruzes com o santo Crisma. 

Enquanto isso, canta-se uma das antífonas seguintes, com o salmo 83(84), ou outro canto apropriado:
℟.: Eis aqui a habitação de Deus em meio aos homens, 
e com eles morará. Haverão de ser seu povo, 
e Deus será seu Deus (T.P. Aleluia, aleluia). 

Ou a antífona: 
℟.: É santo o templo de Deus, o Senhor; 
edifício de Deus, construção do Senhor.

Salmo 83(84)

Quão amável, ó Senhor, é vossa casa, 
quanto a amo, Senhor Deus do universo!
Minha alma desfalece de saudades 
e anseia pelos átrios do Senhor! 
Meu coração e minha carne rejubilam 
e exultam de alegria no Deus vivo! 

Mesmo o pardal encontra abrigo em vossa casa, 
e a andorinha ali prepara o seu ninho, 
para nele seus filhotes colocar:
vossos altares, ó Senhor Deus do universo! 
vossos altares, ó meu Rei e meu Senhor! 

Felizes os que habitam vossa casa; 
para sempre haverão de vos louvar!
Felizes os que em vós têm sua força,  
e se decidem a partir quais peregrinos! 

Quando passam pelo vale da aridez,  
o transformam numa fonte borbulhante,  
pois a chuva o vestirá com suas bênçãos.
Caminharão com um ardor sempre crescente  
e hão de ver o Deus dos deuses em Sião. 

Deus do universo, escutai minha oração!  
Inclinai, Deus de Jacó, o vosso ouvido!
Olhai, ó Deus, que sois a nossa proteção,  
vede a face do eleito, vosso Ungido! 

Na verdade, um só dia em vosso templo 
vale mais do que milhares fora dele!
Prefiro estar no limiar de vossa casa, 
a hospedar-me na mansão dos pecadores!
 
O Senhor Deus é como um sol, é um escudo, 
e largamente distribui a graça e a glória.
O Senhor nunca recusa bem algum  
àqueles que caminham na justiça. 
Ó Senhor, Deus poderoso do universo, 
feliz quem põe em vós sua esperança!

Terminada a unção do altar e das paredes, o Bispo volta para a cadeira e senta; os acólitos levam-lhe o necessário para lavar as mãos. Em seguida, tira o gremial e veste a casula. Os presbíteros, depois da unção das paredes, também lavas as mãos.

Incensação do altar e da igreja
Depois do rito da unção, coloca-se sobre o altar um fogareiro para queimar o incenso ou os perfumes. Se se preferir, coloca-se um punhado de incenso misturado com velas sobre o altar. O Bispo coloca incenso no fogareiro ou recebe de um ministro uma pequena vela, com a qual acende o incenso, dizendo: 
Pres.: Suba nossa oração, Senhor, qual incenso diante de vossa face. Assim como esta casa suavemente perfumada, também a vossa Igreja faça sentir a fragrância de Cristo. 

O Bispo coloca incenso no turíbulo e incensa o altar. Depois volta à cadeira, é incensado e senta. Os acólitos, passando por todo o espaço da igreja, incensam o povo e as paredes. 

Enquanto isso, canta-se uma das seguintes antífonas, com o salmo 137(138) ou outro canto apropriado: 
℟.: Veio um anjo ao altar e postou-se a seu lado, 
segurando na mão um turíbulo áureo. 

Ou a antífona: 
℟.: A fumaça do incenso, da mão do anjo subiu
à presença de Deus. 

Salmo 137(138)
Ó Senhor, de coração eu vos dou graças, 
porque ouvistes as palavras dos meus lábios!
Perante os vossos anjos vou cantar-vos 
e ante o vosso templo vou prostrar-me.

Eu agradeço vosso amor, vossa verdade, 
porque fizestes muito mais que prometestes;
naquele dia em que gritei, vós me escutastes 
e aumentastes o vigor da minha alma.

Os reis de toda a terra hão de louvar-vos, 
quando ouvirem, ó Senhor, vossa promessa.
Hão de cantar vossos caminhos e dirão: 
“Como a glória do Senhor é grandiosa!”

Altíssimo é o Senhor, mas olha os pobres, 
e de longe reconhece os orgulhosos.
Se no meio da desgraça eu caminhar, 
vós me fazeis tornar à vida novamente;

quando os meus perseguidores me atacarem 
e com ira investirem contra mim,
estendereis o vosso braço em meu auxílio 
e havereis de me salvar com vossa destra.

Completai em mim a obra começada; 
ó Senhor, vossa bondade é para sempre!
Eu vos peço: não deixeis inacabada 
esta obra que fizeram vossas mãos!

Iluminação do altar e da igreja 
Terminada a incensação, alguns ministros enxugam a mesa do altar com panos e, se necessário, estendem sobre ele um tecido impermeável; depois o cobram com a toalha e, se for oportuno, o adornam com flores; colocam os castiçais com velas para a celebração da Missa, e a cruz, se necessário. 

Depois, o Diácono aproxima-se do Bispo que, de pé, entrega-lhe um pequena vela acesa, dizendo em voz alta: 
Pres.: A luz de Cristo resplandeça na Igreja e conduza os povos à plenitude da verdade.

Em seguida, o Bispo senta. O Diácono vai ao altar e acenda as velas para a celebração da Eucaristia.

Haja, então, uma iluminação festiva: todas as velas, as tochas colocadas no lugar das unções e as outras lâmpadas da igreja são acesas em sinal de alegria. Enquanto isso, canta-se uma das seguintes antífonas, com o Cântico de Tobias ou outro canto apropriado, especialmente em honra de Cristo, luz do mundo:
℟.: Despontou a tua luz, Jerusalém, 
e a glória do Senhor te iluminou! 
Os povos andarão na tua luz, aleluia. 

Ou, na Quaresma: 
℟.: Jerusalém, cidade santa, brilharás qual luz fulgente, 
e hão de honrar-te os povos todos.

Cântico de Tobias
(Tb 13,8-9a e 10bc.11abc.11def e 13)

Dai graças ao Senhor, vós todos, seus eleitos, 
celebrai dias de festa e rendei-lhe homenagem. 
Jerusalém, cidade santa, dá louvor ao teu Senhor, 
para que ele, novamente, arme em ti, a sua tenda. 

Resplenderás, qual luz brilhante, até os extremos desta terra; 
virão sobre ti nações de longe, dos lugares mais distantes, 
invocando o santo nome, trazendo dons ao Rei do céu. 

Em ti se alegrarão as gerações das gerações 
e o nome da Eleita durará por todo o sempre. 
Então, te alegrarás pelos filhos dos teus justos, 
todos unidos, bendizendo ao Senhor, o Rei eterno.

LITURGIA EUCARÍSTICA

Os diáconos e ministros preparam o altar, como de costume. Em seguida, alguns fiéis levam no pão, vinho e água para a celebração do sacrifício do Senhor. O Bispo, sentado, recebe os dons. Enquanto estes são levados, pode-se cantar a antífona seguinte ou outro canto apropriado: 
℟.: Na simplicidade do meu coração, 
alegre vos dei tudo aquilo que tenho; 
e com muita alegria eu vi vosso povo 
aqui reunido. Ó Deus de Israel, 
guardai neste povo esta boa vontade (T.P. Aleluia, aleluia).

Tudo preparado, o Bispo dirige-se ao altar e, tendo retirado a mitra, beija-o. A Missa prossegue como de costume; contudo, não se incensam as oferendas nem o altar. 

Sobre as oferendas
Pres.: Aceitai, Senhor, os dons da Igreja em festa, para que o vosso povo, reunido nesta casa santa, alcance por estes mistérios a salvação eterna. Por Cristo, nosso Senhor. 
℟.: Amém.

Reza-se a Oração Eucarística I ou III, com o seguinte Prefácio, que é parte do rito da dedicação de uma igreja.

Prefácio (O Sacerdócio de Cristo e o Ministério dos Sacerdotes)
Pres.: Na verdade, é digno e justo, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso. Criastes o mundo inteiro como templo da vossa glória, para que vosso nome fosse glorificado por toda parte; mas não recusais que vos sejam dedicados lugares apropriados para a celebração dos divinos mistérios. Por isso, cheios de júbilo, dedicamos à vossa divina majestade esta casa de oração, edificada pelo trabalho humano. Aqui vislumbram o mistério do verdadeiro Templo e se prefigura a imagem da Jerusalém celeste. Pois fizestes do corpo do vosso Filho, nascido da santa Virgem, um templo a vós consagrado, para nele habitar a plenitude da divindade. Vós constituístes a santa Igreja qual cidade erguida sobre o fundamento dos Apóstolos, tendo o próprio Cristo Jesus como pedra angular. Ela deve ser construída com pedras escolhidas, vivificadas pelo Espírito e cimentadas pela caridade, onde sereis tudo em todos pelos séculos infinitos, e a luz do Cristo brilhará para sempre. Por ele, Senhor, com todos os anjos e santos, jubilosos, vos louvamos, cantando (dizendo) a uma só voz.

Orações Eucarísticas

Quando o Bispo comunga o Corpo de Cristo, inicia-se o canto da Comunhão com uma das seguintes antífonas, com o salmo 127(128) ou outro canto apropriado:
℟.: Minha casa é casa de oração, diz o Senhor; 
quem nela pede recebe, quem procura encontra 
e a porta se abre àquele que bate (T.P. Aleluia, aleluia).

Ou a antífona:
℟.: Quais rebentos de oliveira são os filhos da Igreja 
em torno à mesa do Senhor (T.P. Aleluia, aleluia).

Salmo 127(128)
Feliz és tu se temes o Senhor 
e trilhas seus caminhos!

Do trabalho de tuas mãos hás de viver, 
serás feliz, tudo irá bem!
A tua esposa é uma videira bem fecunda 
no coração da tua casa;
os teus filhos são rebentos de oliveira 
ao redor de tua mesa.

Será assim abençoado todo homem 
que teme o Senhor.
O Senhor te abençoe de Sião, 
cada dia de tua vida;
para que vejas prosperar Jerusalém
e os filhos dos teus filhos.

Ó Senhor, que venha a paz a Israel, 
que venha a paz ao vosso povo!

Se não for necessário inaugurar a capela do Santíssimo Sacramento, a Missa continua como abaixo.

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Inauguração da capela do Santíssimo Sacramento 
A inauguração da capela, onde se guardará a Santíssima Eucaristia, pode realizar-se deste modo: depois da comunhão, a âmbula com o Santíssimo Sacramento permanece sobre o altar. O Bispo dirige-se para sua cadeira e todos rezam, em silêncio, por algum tempo. Em seguida, o Bispo diz a oração depois da comunhão.

Pres.: Oremos.
Em seguida, o sacerdote, de braços abertos, profere a oração:
Senhor, nós vos pedimos: pelos sacramentos que recebemos, cresça em nossos corações a vossa verdade, para que vos adoremos sem cessar no templo santo e, contemplando a vossa face, nos alegremos com todos os santos. Por Cristo, nosso Senhor.
℟.: Amém.

Terminada a oração, o Bispo volta ao altar e, de joelhos, incensa o Santíssimo Sacramento; depois, com o véu umeral, recebe a âmbula com as mãos cobertas pelo mesmo véu. Organize-se a procissão pela qual, tendo à frente o cruciferário, e com velas acesas e incenso, se levará o Santíssimo Sacramento pelo meio da igreja até à capela. Começando a procissão, canta-se a seguinte antífona, com o salmo 147(147B) ou outro canto apropriado:
℟.: Glorifica o Senhor, Jerusalém!

Glorifica o Senhor, Jerusalém!
Ó Sião, canta louvores ao teu Deus! 

Pois reforçou com segurança as tuas portas, 
e os teus filhos em teu seio abençoou;
a paz em teus limites garantiu 
e te dá como alimento a flor do trigo. 

Ele envia suas ordens para a terra, 
e a palavra que ele diz corre veloz;
ele faz cair a neve como lã 
e espalha a geada como cinza. 

Como de pão lança as migalhas do granizo, 
a seu frio as águas ficam congeladas.
Ele envia sua palavra e as derrete, 
sopra o vento e de novo as águas correm. 

Anuncia a Jacó sua palavra, 
seus preceitos e suas leis a Israel.
Nenhum povo recebeu tanto carinho, 
a nenhum outro revelou os seus preceitos. 

Ao chegar a procissão à capela, o Bispo coloca a âmbula sobre o altar ou no tabernáculo, deixando a porta aberta, e, pondo incenso, incensa de joelhos o Santíssimo Sacramento. Por fim, depois de algum tempo de oração silenciosa por parte de todos, o Diácono guarda a âmbula no tabernáculo ou fecha a sua porta; um ministro acende a lâmpada que arderá continuamente diante do Santíssimo Sacramento.

Se a capela do Santíssimo Sacramento for bem visível aos fiéis, o Bispo imediatamente dá a bênção final da Missa. Se não o for, a procissão volta para o presbitério por caminho mais curto, e o Bispo dá a bênção do altar ou da cadeira.
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Se não houver capela do Santíssimo a ser inaugurada, terminada a comunhão dos fiéis, o Bispo diz:
Depois da comunhão
Pres.: Oremos.
Senhor, nós vos pedimos: pelos sacramentos que recebemos, cresça em nossos corações a vossa verdade, para que vos adoremos sem cessar no templo santo e, contemplando a vossa face, nos alegremos com todos os santos. Por Cristo, nosso Senhor.
℟.: Amém.

RITOS FINAIS

Bênção solene
O Bispo, com as mãos estendidas sobre o povo, diz: 
Pres.: Deus, o Senhor do céu e da terra, que hoje vos reuniu para dedicação desta igreja, vos conceda copiosas bênçãos do céu. 
℟.: Amém.
Pres.: Deus, que em seu Filho, quis congregar todos os filhos dispersos, faça de vós seu templo e morada do Espírito Santo. 
℟.: Amém.
Pres.: E, assim, na felicidade de serdes purificados, possais ser o templo em que Deus habita e possuir, com todos os santos, a herança da felicidade eterna.
℟.: Amém.
E abençoa todo o povo, acrescentando:
Pres.: E a todos vós, que participais desta celebração, abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai + e Filho + e Espírito + Santo.
℟.: Amém.