Dedicação de um Altar Fixo
Convém que em toda igreja haja um altar fixo; nos outros lugares destinados às celebrações sagradas, um altar fixo ou móvel. Chama-se altar fixo aquele que se prende ao pavimento e, por isso, não pode ser removido; móvel, se pode ser transportado.
Já que o altar se torna sagrado principalmente pela celebração da Eucaristia, para se respeitar a autenticidade do rito, cuide-se de não celebrar a Missa no novo altar antes de sua consagração, para que a missa da consagração seja a primeira Eucaristia a ser nele celebrada.
Escolha-se, para a consagração do novo altar um dia em que os fiéis tenham a possibilidade de se reunir em maior número, de modo particular um domingo, a não ser que razões pastorais peçam outra coisa. Contudo, não pode ser consagrado no Tríduo Pascal, na Quarta-feira de Cinzas, nos Dias de Semana da Semana Santa e na Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos.
A celebração da Eucaristia está intimamente unida ao rito da dedicação do altar. Diz-se a Missa ''Para a dedicação de um altar''. No entanto, no dia de Natal, na Epifania, da Ascensão, do domingo de Pentecostes e ainda nos domingos do Advento, Quaresma e Páscoa, toma-se a Missa do dia, à exceção da oração Sobre as oferendas e o Prefácio, que se unem estreitamente ao rito.
Convém que o Bispo presida a concelebração com aqueles que é confiado o encargo de dirigir a paróquia ou comunidade, em favor da qual se erigiu o altar.
RITOS INICIAIS
Os ritos iniciais da Missa de dedicação do altar são os de costume, exceto que, em lugar do ato penitencial, o Bispo benze a água e com ela asperge o povo e o novo altar.
Entrada na igreja Reunido o povo, o Bispo e presbíteros concelebrantes, diáconos e outros ministros, todos com seus paramentos, tendo à frente o cruciferário, saem da sacristia e pelo meio da igreja dirigem-se ao presbitério.
As relíquias dos Santos, se houver, que serão depositadas sob o altar, sejam levadas ao presbitério nesta procissão de entrada a partir da sacristia ou da capela, onde já desde a véspera estiveram expostas à veneração dos fiéis. No entanto, por motivos justos, podem já estar colocadas, antes do início do rito, em lugar apropriado do presbitério, ladeadas de tochas acesas.
Ao entrar a procissão, canta-se uma das seguintes antífonas de entrada, com o salmo 42(43) ou outro canto apropriado:
℟.: Olhai, ó Deus, que sois a nossa proteção,
vede a face do eleito, vosso ungido;
na verdade, um só dia em vosso templo
vale mais do que milhares fora dele (T.P. Aleluia).
Ou a antífona:
℟.: Irei aos altares do Senhor,
o Deus da minha alegria.
Salmo 42(43)
Fazei justiça, meu Deus, e defendei-me
contra a gente impiedosa;
do homem perverso e mentiroso
libertai-me, ó Senhor!
Sois vós o meu Deus e meu refúgio:
por que me afastais?
Por que ando tão triste e abatido
pela opressão do inimigo?
Enviai vossa luz, vossa verdade:
elas serão o meu guia;
que me levem ao vosso Monte santo,
até a vossa morada!
Então irei aos altares do Senhor,
Deus da minha alegria.
– Vosso louvor cantarei, ao som da harpa,
meu Senhor e meu Deus!
Por que te entristeces, ó minh’alma,
a gemer no meu peito?
Espera em Deus! Louvarei novamente
o meu Deus Salvador!
Saudação
Ⓗ Chegando a procissão ao presbítero, colocam-se as relíquias dos Santos no lugar preparado, ladeadas de tochas; os presbíteros concelebrantes, os diáconos e ministros ocupam seus respectivos lugares; o Bispo, sem beijar o altar, dirige-se para sua cadeira. E, retirada a mitra e sem báculo, diz: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, em seguida saúda o povo com estas ou outras palavras, de preferência tomadas da Sagrada Escritura:
Pres.: A graça e a paz na santa Igreja de Deus estejam convosco.
℟.: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.
Bênção da água e aspersão
Feita a entrada, o Bispo benze a água para aspergir o povo, em sinal de penitência e em lembrança do batismo, e para purificar o altar. Os acólitos levam a caldeirinha com água ao Bispo, que está de pé junto da cadeira. Este convida todas à oração com estas palavras ou outras semelhantes:
Pres.: Com grande alegria estamos aqui reunidos, meus irmãos e minhas irmãs, com o intuito de dedicar um novo altar pela celebração do sacrifício do Senhor. Participemos destes ritos sagrados com todo o fervor, ouvindo com fé a palavra de Deus; e, participando jubilosos da mesa do Senhor, elevemos os nossos corações para a santa esperança. Ao congregar-nos junto ao mesmo altar, nós nos aproximamos de Cristo, a pedra vida, na qual crescemos para formar um templo santo. Antes, porém, suplifiquemos a Deus que se digne abençoar esta água, criatura sua. Com ela nos aspergiremos em sinal de penitência e em memória do batismo, e purificaremos o novo altar.
Todos rezam em silêncio por algum tempo. Em seguida o Bispo prossegue:
Ó Deus, por vós todas as criaturas chegam à luz da vida; mostrais tanto amor pelo ser humano que, não apenas os sustentais com paterna solicitude, mas ainda apagais seus pecados com o orvalho da caridade, e, incansavelmente, os reconduzis a Cristo, sua Cabeça. Por desígnio de misericórdia decidistes que os pecadores, mergulhados na fonte sagrada e mortos com Cristo, ressurgissem purificados de toda culpa, se tornassem seus membros e co-herdeiros dos bens eternos. Por vossa bênção, + santificai esta água, vossa criatura. Aspergida sobre nós e o novo altar, seja lembrança de nosso batismo, pelo qual, lavados em Cristo, nos tornamos templo do vosso Espírito. Concedei-nos a nós e a todos os irmãos e irmãs que nesta igreja celebrarem os divinos mistérios, chegar à Jerusalém celeste. Por Cristo, nosso Senhor.
℟.: Amém.
Finda a bênção da água, o Bispo, assistido pelos diáconos, asperge o povo e as paredes, percorrendo toda a igreja e, de volta ao presbitério, asperge o altar. Enquanto isso, canta-se uma das seguintes antífonas ou outro canto apropriado:
℟.: Vi água saindo à direito do templo.
Aleluia, aleluia.
E todos os quais esta água chegou foram salvos e cantam:
Aleluia, aleluia.
Ou, durante a Quaresma, a antífona:
Quando eu for santificado entre vós, diz o Senhor,
haverei de reunir-vos dentre todos os países,
e haverei de derramar sobre vós uma água pura,
e de vossas imundícies vós sereis santificados.
Dar-vos-ei um novo espírito e um novo coração.
Depois da aspersão do altar, o Bispo volta à cadeira e, terminado o canto, reza, de pé, com as mãos juntas:
Pres.: Deus, o Pai das misericórdias, esteja presente nesta casa de oração, e a graça do Espírito Santo purifique o templo de sua morada que somos nós.
℟.: Amém.
Hino de Glória
Diz-se então, o hino Glória a Deus nas alturas, a não ser que ocorra um domingo do Advento ou da Quaresma.
Coleta
Pres.: Oremos.
Ó Deus, quisestes atrair todas as coisas ao vosso Filho, exaltado no altar da cruz; derramai a graça do céu sobre a Igreja que vos dedica esta mesa do altar. Nela, a vossa providência alimentará os fiéis, reunidos em assembleia, e, pela efusão do Espírito, fará nascer um povo a vós consagrado. Phor nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
℟.: Amém.
LITURGIA DA PALAVRA
Na Liturgia da Palavra, tudo se processa como de costume. As leituras e o Evangelho são, conforme as rubricas, escolhidos dos textos apresentados pelo Lecionário do Pontifical para a Dedicação de um altar, ou da Missa do dia.
Homilia
Depois do Evangelho, o Bispo faz uma homilia, explicando as leituras bíblicas e o sentido do rito.
Profissão de fé
Sempre se diz o Creio. Mas omite-se a Oração dos fiéis, que é substituída pelo canto da Ladainha dos Santos.
Ladainha de Todos os Santos
Sem mitra, o Bispo convida o povo à oração com estas palavras ou outras semelhantes:
Pres.: Meus irmãos e minhas irmãs, nossas preces se elevem a Deus, Pai todo-Poderoso, por Jesus Cristo, ao qual se associam todos os Santos, participantes de sua paixão e convivas de sua mesa.
Ⓗ Canta-se a ladainha, à qual todos respondem.
Ⓗ Nos domingos e no Tempo Pascal, todos permanecem de pé, na posição em que estão.
Ⓗ Nos dias de semana, exceto no Tempo Pascal, todos permanecem de joelhos, na posição em que estão. Neste caso, o Diácono diz:
℣.: Ajoelhemo-nos.
E todos se ajoelham.
Segue-se a fórmula abaixo uma das formas da ladainha:
Terminada a ladainha, só o Bispo, de pé, com as mãos estendidas diz:
Pres.: Aceitai, Senhor, com bondade, as nossas preces, pela intercessão da Santa Virgem Maria e de todos os vossos Santos, para que este altar se torne o lugar onde se realizem os maiores mistérios da salvação, e o vosso povo vos ofereça seus dons, manifeste seus desejos, eleve suas preces e expresse todos os sentimentos de sua fé e do seu amor para convosco. Por Cristo, nosso Senhor.
℟.: Amém.
Se estiverem ajoelhados, o diácono diz:
℣.: Levantai-vos.
E todos se levantam.
Se não houver deposição de relíquias dos Santos, o Bispo diz imediatamente a prece de dedicação.
Deposição das relíquias
Em seguida, se houver relíquias de Mártires ou de outros Santos para se depositarem sob o altar, o Bispo dirige-se ao altar. Um diácono ou presbítero leva as relíquias ao Bispo, que as coloca no nicho já preparado de antemão.
Enquanto isso, canta-se uma das seguintes antífonas, com o salmo 14(15) ou outro canto apropriado:
℟.: Ó Santos de Deus, sob o altar do Senhor,
recebestes um trono: Rogai ao Senhor
Jesus Cristo, por nós.
Ou a antífona:
℟.: Os corpos dos santos repousam na paz;
viverão para sempre seus nomes na glória. (T.P. Aleluia, Aleluia.)
Salmo 14(15)
‘Senhor, quem morará em vossa casa
e em vosso Monte santo habitará?’
É aquele que caminha sem pecado
e pratica a justiça fielmente;
que pensa a verdade no seu íntimo
e não solta em calúnias sua língua;
que em nada prejudica o seu irmão,
nem cobre de insultos seu vizinho;
que não dá valor algum ao homem ímpio,
mas honra os que respeitam o Senhor;
que sustenta o que jurou, mesmo com dano;
não empresta o seu dinheiro com usura,
nem se deixa subornar contra o inocente.
Jamais vacilará quem vive assim!
Enquanto isso, o pedreiro fecha o nicho e o Bispo volta à sua cadeira.
Prece de dedicação
Em seguida, o Bispo, de pé, sem mitra, diante da cadeira ou junto do altar, de mãos estendidas, diz em voz alta ou canta:
Pres.: Nós vos agradecemos, Senhor, e vos bendizemos, por terdes com inefável bondade decidido que, superadas as várias figuras, se realizasse em Cristo o mistério do altar. Noé, segundo pai do gênero humano, baixadas as águas do dilúvio, ergueu um altar e vos ofereceu um sacrifício, que aceitastes, ó Pai, qual suave perfume, renovando com o ser humano a aliança de amor. Abraão, nosso pai na fé, aderindo de todo o coração à vossa palavra, ergueu um altar, para oferecer-vos um sacrifício agradável, não poupando seu amado filho Isaac. Também Moisés, mediador da antiga Lei, edificou um altar que, aspergido com o sangue do cordeiro, prefigurava misticamente o altar da cruz. Todas essas figuras Cristo as levou à realidade pelo mistério pascal. Ele, sacerdote e vítima, suspenso na árvore da cruz, entregou-se como oblação pura a vós, ó Pai, para assim apagar todos os pecados e estabelecer a nova e eterna aliança convosco. Por isso, nós vos rogamos, Senhor, derramai a plenitude da vossa bênção celeste sobre este altar, erguido na casa do vosso povo; que se torne para sempre dedicado ao sacrifício de Cristo e seja também a mesa do Senhor, junto da qual vosso povo se renove no banquete divino.
Se o altar for de pedra, se diz:
Seja esta pedra polida, para nós, símbolo de Cristo,
Porém, se o altar não for de pedra, mas de outra matéria, se diz:
Seja este altar para nós símbolo de Cristo,
e prossegue, dizendo:
de cujo lado aberto correram água e sangue, os sacramento que fazem nascer a Igreja. Seja este altar a mesa festiva, para onde os convivas de Cristo ocorram alegres e, colocando em vossas mãos cuidados e trabalhos, se reanimem com novo vigor para a retomada do caminho. Seja o lugar de íntima comunhão e de paz convosco, em que, alimentados com o Corpo e o Sangue de vosso Filho, imbuídos do seu Espírito, cresçam no amor. Seja fonte de unidade da Igreja e de concórdia dos irmãos e irmãs; reunidos os fiéis junto dele, bebam desta fonte o espírito da mútua caridade. Seja centro do nosso louvor e da ação de graças, até chegarmos jubilosos aos tabernáculos eternos, onde com Cristo, Sumo Pontífice e Altar vivo, vos ofereceremos o perene sacrifício de louvor. Phor nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
℟.: Amém.
Unção do altar
Terminada a prece, o Bispo tira a casula, se necessário, e, cingindo-se com o gremial de linho, dirige-se ao altar com o Diácono ou outro ministro que leva o vaso do santo crisma. Diante do altar, o Bispo diz em voz altar.
Pres.: O Senhor santifique com sua força este altar que vamos ungir, para que expresse, por um sinal visível, o mistério de Cristo que se ofereceu ao Pai para a vida do mundo.
A seguir derrama o santo crisma no meio do altar e em seus quatro cantos; poderá, o que é muito recomendável, ungir a mesa inteira. Durante esse rito se canta, à exceção do tempo pascal, a antífona seguinte, com o salmo 44, ou outro canto apropriado:
℟.: O Senhor vosso Deus vos ungiu com seu óleo,
mais que aos vossos amigos.
Salmo 44(45)
Transborda um poema do meu coração;
vou cantar-vos, ó Rei, esta minha canção;
minha língua é qual pena de um ágil escriba.
Sois tão belo, o mais belo entre os filhos dos homens!
Vossos lábios espalham a graça, o encanto,
porque Deus, para sempre, vos deu sua bênção.
Levai vossa espada de glória no flanco,
herói valoroso, no vosso esplendor;
saí para a luta no carro de guerra
em defesa da fé, da justiça e verdade!
Vossa mão vos ensine valentes proezas,
vossas flechas agudas abatam os povos
e firam no seu coração o inimigo!
Voso trono, ó Deus, é eterno, é sem fim;
vosso cetro real é sinal de justiça:
Vós amais a justiça e odiais a maldade.
É por isso que Deus vos ungiu com seu óleo,
deu-vos mais alegria que aos vossos amigos.
Vossas vestes exalam preciosos perfumes.
No tempo pascal, canta-se a seguinte antífona, com o salmo 117(118), ou outro canto apropriado:
℟.: A pedra que os pedreiros rejeitaram,
tornou-se agora a pedra angular. Aleluia.
Salmo 117(118)
Dai graças ao Senhor, porque ele é bom!
‘Eterna é a sua misericórdia!’
‘Clamores de alegria e de vitória
ressoem pelas tendas dos fiéis.
A mão direita do Senhor fez maravilhas,
a mão direita do Senhor me levantou,
a mão direita do Senhor fez maravilhas!’
Não morrerei, mas, ao contrário, viverei
para cantar as grandes obras do Senhor!
O Senhor severamente me provou,
mas não me abandonou às mãos da morte.
Dou-vos graças, ó Senhor, porque me ouvistes
e vos tornastes para mim o Salvador!
‘A pedra que os pedreiros rejeitaram,
tornou-se agora a pedra angular.
Pelo Senhor é que foi feito tudo isso:
Que maravilhas ele fez a nossos olhos!
Este é o dia que o Senhor fez para nós,
alegremo-nos e nele exultemos!
Ó Senhor, dai-nos a vossa salvação,
ó Senhor, dai-nos também prosperidade!’
Bendito seja, em nome do Senhor,
aquele que em seus átrios vai entrando!
Desta casa do Senhor vos bendizemos.
Que o Senhor e nosso Deus nos ilumine!
Empunhai ramos nas mãos, formai cortejo,
aproximai-vos do altar, até bem perto!
Terminada a unção do altar, o Bispo volta à cadeira, senta-se, lava as mãos e retira o gremial, se estiver com ele.
Incensação do altar
Depois do rito da unção, coloca-se sobre o altar um fogareiro para queimar o incenso ou os perfumes. Se se preferir, coloca-se um punhado de incenso misturado com velas sobre o altar. O Bispo coloca incenso no fogareiro ou recebe de um ministro uma pequena vela, com a qual acende o incenso, dizendo:
Pres.: Suba nossa oração, Senhor, qual incenso diante de vossa face. Assim como esta casa suavemente perfumada, também a vossa Igreja faça sentir a fragrância de Cristo.
O Bispo coloca incenso no turíbulo e incensa o altar. Depois volta à cadeira, é incensado e senta-se. O ministro incensa o povo, Enquanto isso, canta-se uma das seguintes antífonas, com o salmo 137(138), ou outro canto apropriado:
℟.: Veio um anjo ao altar e postou-se a seu lado,
segurando na mão um turíbulo áureo.
Ou a antífona:
℟.: A fumaça do incenso, da mão do anjo subiu
à presença de Deus.
Salmo 137(138)
Ó Senhor, de coração eu vos dou graças,
porque ouvistes as palavras dos meus lábios!
Perante os vossos anjos vou cantar-vos
e ante o vosso templo vou prostrar-me.
Eu agradeço vosso amor, vossa verdade,
porque fizestes muito mais que prometestes;
naquele dia em que gritei, vós me escutastes
e aumentastes o vigor da minha alma.
Os reis de toda a terra hão de louvar-vos,
quando ouvirem, ó Senhor, vossa promessa.
Hão de cantar vossos caminhos e dirão:
“Como a glória do Senhor é grandiosa!”
Altíssimo é o Senhor, mas olha os pobres,
e de longe reconhece os orgulhosos.
Revestimento e iluminação do altar
Terminada a incensação, alguns ministros enxugam a mesa do altar com panos e, se necessário, estendem sobre ele um tecido impermeável; depois o cobram com a toalha e, se for oportuno, o adornam com flores; colocam os castiçais com velas para a celebração da Missa, e a cruz, se necessário.
Depois, o Diácono aproxima-se do Bispo que, de pé, entrega-lhe um pequena vela acesa, dizendo em voz alta:
Pres.: A luz de Cristo resplandeça na Igreja e conduza os povos à plenitude da verdade.
Em seguida, o Bispo senta. O Diácono vai ao altar e acenda as velas para a celebração da Eucaristia.
Haja, então, uma iluminação festiva: todas as velas, as tochas colocadas no lugar das unções e as outras lâmpadas da igreja são acesas em sinal de alegria. Enquanto isso, canta-se uma das seguintes antífonas, com o Cântico de Tobias ou outro canto apropriado, especialmente em honra de Cristo, luz do mundo:
℟.: Em vós, Deus, está a fonte da vida,
e em vossa luz contemplamos a luz.
Os diáconos e ministros preparam o altar, como de costume. Em seguida, alguns fiéis levam no pão, vinho e água para a celebração do sacrifício do Senhor. O Bispo, sentado, recebe os dons. Enquanto estes são levados, pode-se cantar a antífona seguinte ou outro canto apropriado:
℟.: Se tu vens oferecer ao Senhor a tua oferta,
e, diante do altar, te lembrares que o irmão
tem algo contra ti, deixa aí a tua oferta;
vai primeira a teu irmão, reconcilia-te com ele,
e depois virás a Deus apresentar a tua oferta.
Aleluia, Aleluia.
Ou a antífona:
Moisés consagrou um altar ao Senhor
e ofereceu a ele holocaustos e vítimas,
e o sacrifício da tarde de suave perfume
ao Senhor, na presença dos israelitas.
Tudo preparado, o Bispo dirige-se ao altar e, tendo retirado a mitra, beija-o. A Missa prossegue como de costume; contudo, não se incensam as oferendas nem o altar.
LITURGIA EUCARÍSTICA
Sobre as oferendas
Pres.: Senhor nosso Deus, desça sobre este altar o vosso Espírito Santo, para santificar as oferendas do vosso povo e purificar os corações que delas se nutrirem.
℟.: Amém.
Diz-se a Oração Eucarística I ou III, com o seguinte Prefácio, que é parte integrante do rito da consagração de um altar:
Prefácio (O Sacerdócio de Cristo e o Ministério dos Sacerdotes)
Pres.: Na verdade, é digno e justo, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso. Ele, o verdadeiro sacerdote e a verdadeira vítima, nos mandou celebrar para sempre o memorial do sacrifício que vos ofereceu no altar da cruz. Por isso, vosso povo ergueu este altar que hoje, Senhor, vos dedicamos com alegria. Este é o lugar verdadeiramente excelso onde, em mistério, o sacrifício de Cristo é oferecido sem cessar, o perfeito louvor vos é tributado e a nossa redenção se realiza. Aqui se prepara a mesa do Senhor, na qual vossos filhos e filhas, alimentados com o Corpo de Cristo, se reúnem como Igreja una e santa. Aqui os fiéis bebem o vosso Espírito das torrentes que jorram da rocha espiritual, que é Cristo, pelo qual eles também se tornam oblação santa e altar vivo. Por isso, Senhor, também nós, com todos os anjos e santos, vos aclamamos, cantando (dizendo) alegres a uma só voz.
Quando o Bispo comunga o Corpo de Cristo, inicia-se o canto da Comunhão com uma das seguintes antífonas, com o salmo 127(128) ou outro canto apropriado:
℟.: Mesmo o pardal encontra abrigo em vossa
e a andorinha aí prepara o seu ninho,
para nele seus filhotes colocar.
Vossos altares, ó Senhor Deus do universo!
Vossos altares, ó meu Rei e meu Senhor!
Felizes os que habitam vossa casa,
para sempre haverão de vos louvar!
Ou a antífona:
℟.: Quais rebentos de oliveira são os filhos da Igreja
em torno à mesa do Senhor (T.P. Aleluia, Aleluia).
Salmo 127(128)
Feliz és tu se temes o Senhor
e trilhas seus caminhos!
Do trabalho de tuas mãos hás de viver,
serás feliz, tudo irá bem!
A tua esposa é uma videira bem fecunda
no coração da tua casa;
os teus filhos são rebentos de oliveira
ao redor de tua mesa.
Será assim abençoado todo homem
que teme o Senhor.
O Senhor te abençoe de Sião,
cada dia de tua vida;
para que vejas prosperar Jerusalém
e os filhos dos teus filhos.
Ó Senhor, que venha a paz a Israel,
que venha a paz ao vosso povo!
Depois da comunhão
Pres.: Oremos.
Senhor, concedei-nos estar sempre junto aos vossos altares onde o sacramento do sacrifício é celebrado, para que, unidos na fé e na caridade, enquanto nos alimentamos do Cristo, sejamos transformados nele. Que vive e reina pelos séculos dos séculos.
℟.: Amém.
RITOS FINAIS
Bênção solene
O Bispo, com as mãos estendidas sobre o povo, diz:
Pres.: Deus, que vos ornou com um sacercódio régio, vos conceda desempenhar santamento o vosso serviço, para que possais participar dignamente do sacrifício de Cristo.
℟.: Amém.
Pres.: Aquele que vos reúne ao redor de uma só mesa e vos alimenta com um único pão, faça de vós um só coração e uma só alma.
℟.: Amém.
Pres.: Assim vos seja dado atrair a Cristo, pelo exemplo do vosso amor, aqueles a quem anunciais o Evangelho.
℟.: Amém.
E abençoa todo o povo, acrescentando:
Pres.: E a todos vós, que participais desta celebração, abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai + e Filho + e Espírito + Santo.
℟.: Amém.